O desafio da frente nacional dos prefeitos, criada em meio à pandemia, tem uma meta de comum entendimento entre 11 a cada 10 brasileiros: buscar a imunização contra o coronavírus. Sendo assim, é voz corrente entre os chefes dos Executivos municipais envolvidos nessa empreitada, a façanha de se avançar na proteção das suas populações. Nada mais justo, até porque o que se espera de gestores e políticos, neste crítico momento, é uma postura séria e responsável.
Acontece que há uma barreira, ao analisar o atual contexto, quase intransponível. Uma vez que a prioridade no fornecimento dos imunizantes é do Ministério da Saúde. Ainda assim, por aqui, a região central do Estado também observa atentamente essa possibilidade.
À coluna, o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), adiantou que tão logo estejam disponíveis doses para compra, os municípios - ligados a associações e consórcios do entorno -, elas serão adquiridas. Ainda que sem revelar valores, ou o quantativo necessário de doses, Pozzobom entende que dinheiro não será problema. Uma vez que, por se tratar de uma situação de excepcionalidade, haveria margem para realocar valores do orçamento do município para tal demanda.
ALIÁS?
A mobilização de prefeitos, que ocorre agora, em muito é o movimento que, ano passado, ocorreu com os governadores. À época, os mandatários de vários Estados da Federação deram início a uma corrida por tomada de medidas que pudessem, ao máximo, preparar as redes pública e privada de saúde bem como resguardar, minimamente, a economia do golpe que viria a sofrer e que, passado um ano, segue amargando um preocupante encolhimento. Nesse período todo, infelizmente, uma situação já está posta e mostra-se de difícil reversão: conciliar o binômio saúde e economia. Muitos setores produtivos não têm como manter as atividades em dia com um conjunto de medidas - ainda que necessárias -, mas restritivas.
